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![]() Nos dias de hoje, a palavra “violência” é a que mais escutamos falar, seja na TV, no rádio, no jornal, nas conversas com os vizinhos e amigos, no trabalho. Mas não seria melhor falar de como podemos prevenir ou combater essa violência, em vez de ficarmos reforçando os motivos da sua existência? A prática da Pastoral da Criança é falar de PAZ e mostrar que, mesmo com todas as dificuldades que nossas famílias enfrentam, viver em paz com os filhos, com o companheiro ou companheira não é tão difícil assim como a gente pensa. E é isso o que você, líder, faz quando visita as famílias, quando ajuda os pais a entenderem melhor o desenvolvimento das crianças e quando mostra a importância deles na educação dos filhos. Para VIVER EM PAZ não existe uma fórmula mágica, assim como não existe uma fórmula mágica para criar os filhos. Mas existem algumas coisas simples, que podemos fazer no dia-a-dia com nossos filhos e companheiros que dão um belo empurrão para que exista harmonia e paz na família. Os “10 Mandamentos da Paz na Família”, material que fez parte da campanha da Pastoral da Criança A PAZ COMEÇA EM CASA iniciada em 1999, já mostraram alguns caminhos muito importantes para alcançar a paz dentro de nossa família. Um aspecto que foi muito trabalhado, a partir da Campanha da Paz, foi a atitude que os pais devem ter com seus filhos para que eles possam, desde pequeninos, desenvolver uma boa auto-estima e levar um sentimento bom sobre si mesmo por toda a sua vida. Por isso, é muito importante que os pais cuidem com as palavras e frases que são ditas às crianças. Uma palavra ou uma frase dita de forma ofensiva ou humilhante pode prejudicar a auto-imagem da criança. Tome você mesmo como exemplo. Você se lembra das frases que seus pais lhe disseram na infância e que influenciaram negativamente? Aquelas frases, que fizeram com que você se sentisse muito mal, um ‘zero à esquerda’? É possível que você lembre, e se lembrar ainda hoje é porque te marcou muito forte. E hoje, como pai ou mãe que é, quantas vezes você disse aos seus filhos aquelas mesmas coisas que tanto te fizeram mal? A frase “Como é que você pode ser tão burro!”, por exemplo, é bem comum e tem conseqüências desastrosas para a criança. Essa frase põe em dúvida, de forma muito clara, os sentimentos de capacidade e de segurança da criança, afetando de forma negativa seu desenvolvimento psicológico e emocional. Ao duvidar da habilidade do filho, os pais passam para ele a sensação de incompetência. A criança vai incorporando essa “leitura” que os pais fazem dela e vai começar a achar mesmo que não presta para nada, que não consegue fazer as coisas direito e que é burra mesmo. Veja um outro exemplo: A mãe entra na sala e vê seu filho pequeno pendurado na janela. Ela já tinha falado muitas vezes para ele não subir na janela. Assustada e com medo que seu filho caia, ela corre, puxa a criança para dentro e lhe diz bem alto: “Eu já não te falei para não subir aí? Você não consegue aprender?” Por ser pequena, a criança não tem senso de perigo. Então, melhor do que essa explosão que de nada vai adiantar, mesmo porque a criança ainda não está preparada para entender algumas coisas, seria melhor tornar a explicar para ela o perigo que está correndo ao subir na janela. Nesse caso, se a mãe contasse até dez, respirasse bem profundamente e dominasse o seu medo e nervosismo, poderia ter tirado a criança do perigo e ter dito: “Meu filho, janela não foi feita para subir.” Assim podemos colocar limites sem agredir e sem entrar na questão da capacidade da criança para julgar os perigos que pode correr. A criança ainda não tem essa habilidade e, ao dizer ou gritar frases infelizes como essas, poderemos estar destruindo o sentimento bom que ela tem de si mesma e que fará falta para seu pleno desenvolvimento emocional e social. Os limites da paciência É importante transmitir amor e respeito, mesmo em momentos de tensão, conflitos e desacordos. Humilhar, xingar e ofender criam um mal estar muito grande nas crianças e na nossa família em geral, além de dar lugar à tristeza, revolta e mágoa. Por isso, pai e mãe precisam desenvolver cada vez mais os limites da PACIÊNCIA e explicar, mesmo mais de mil vezes, até a criança um dia ter condições físicas e emocionais para entender. Quando uma fase da criança está chegando ao seu fim, com certeza já começará outra que também exigirá dos pais novas habilidades a serem também desenvolvidas, tais como a compreensão, o diálogo, o perdão. Enfim, ser pai e ser mãe é um desafio e exige um aprendizado constante. E o mais bonito nessa história toda é que os pais aprendem muitas coisas sobre eles mesmos com os próprios filhos, no dia-a-dia. Líder, converse sobre isso com as famílias que você acompanha e com outras pessoas da comunidade. Resgate com elas aquelas frases que nunca queriam ter ouvido de seus pais, mas que acabam repetindo para seus filhos. Converse com eles sobre as fases do desenvolvimento da criança, da importância do respeito e da paciência. A paternidade é uma missão e uma grande responsabilidade na construção de uma sociedade mais humana e de um futuro sem violência. Mônica Flügel Hill Psicóloga e assessora técnica da Pastoral da Criança Fonte: Pastoral da criança |
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